domingo, 8 de maio de 2011
As células-tronco retiradas de embriões humanos ainda são a única esperança para a cura de algumas doenças. A conclusão é da geneticista Mayana Zatz, pró-reitora de pesquisas da Universidade de São Paulo (USP). Em entrevista à Radio Nacional, a pesquisadora ressaltou que as novas descobertas sobre o cordão umbilical terão elevada importância no tratamento de fraturas e doenças degenerativas.
Uma pesquisa da USP mostrou que o tecido do cordão umbilical é rico em células-tronco, com grande potencial terapêutico. Atualmente os bancos de coleta retiram apenas o sangue do interior do cordão e jogam no lixo o resto do material. Mas é exatamente aí, no próprio cordão umbilical, que estão as células do tipo mesenquimal, células-tronco adultas que têm o potencial de formar músculo, osso, cartilagem e gordura.
“O sangue do cordão é muito pobre nesses células, mas a parede do cordão é muito rica. Nós coletamos dez amostras de cordão umbilical. Enquanto a gente conseguiu extrair célula mesenquimal só de uma amostra no sangue, todas as amostras de cordão foram muito ricas nessas células”, explicou Zatz.
Entretanto, a descoberta não dá novas esperanças para quem depende de células nervosas. Esse é o caso, por exemplo, de pessoas que sofreram acidentes e ficaram paraplégicas. Segundo a pesquisadora, “as células-tronco embrionárias continuam sendo fundamentais para a pesquisa, porque ninguém, até agora, conseguiu derivar dessas células-tronco adultas neurônios funcionais, que são fundamentais para o funcionamento do cérebro”.
As células mesenquimais já estão sendo utilizadas em estudos com animais. Por enquanto, ainda não há tratamento utilizando as novidades trazidas pela descoberta.
Créditos:
Renata Pompeu
Repórter da Agência Brasil
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/11/01/materia.2007-11-01.0933065236/view
Fonte: Agência Brasil

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